A síndrome de Asperger foi descrita, pela primeira vez, em 1920, por um Neurologista Russo - Schucharewa - como uma perturbação da personalidade do tipo esquizoide. (1)

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Mais tarde, no início dos anos 40, do séc. XX, Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra Austríaco, descreveu 4 casos de "psicopatia autística infantil" numa revista médica alemã. Estes jovens, com particularidades no comportamento social, eram inteligentes e tinham uma linguagem quase normal. (2) Tais crianças apresentavam um distúrbio fundamental nas funções expressivas e comportamentos marcantes, não apresentando características físicas diferenciadas. Para ele, o distúrbio provocava severas dificuldades na interação social onde os problemas sociais poderiam chegar a ser tão profundos a ponto de prejudicar o processo de desenvolvimento da criança. Por outro lado, em outros casos, poderiam ser problemas sociais simples que compensavam-se pelo alto nível de originalidade do seu pensamento.

Aproximadamente na mesma época, em 1943, Leo Kanner publicou, em língua inglesa, um artigo que descrevia um quadro clínico mais grave, agora considerado Autismo. Este trabalho teve notoriedade e o pedopsiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos da América foi a primeira pessoa a considerar cientificamente o autismo. (3)

Um dos primeiros usos do termo "Síndrome de Asperger" foi feito apenas no início da década de 80, em 1981, por Lorna Wing num jornal médico. A médica usou pela primeira vez o termo síndrome de Asperger para caracterizar a pessoas que não satisfaziam os critérios de Autismo e, também, para desta forma homenagear Hans Asperger, cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990. (4)

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No início de seus estudos, Asperger, nomeou a “doença” como uma psicopatia autística. (3) O seu trabalho ficou restrito à língua alemã por muito tempo. (4)

Na década de 1990 prevaleceu a ideia de que se tratava de uma variedade do autismo e um transtorno global do desenvolvimento. Atualmente considera-se um subgrupo dentro das Perturbações do espectro do autismo (PEA). (5)

Muitos profissionais sentiam que a Síndrome de Asperger era simplesmente uma forma leve de autismo e utilizavam o termo "high-functioning autism" ou Autismo de Alta Funcionalidade, para descrever este indivíduos. (6) O Professor Uta Frith, do Institute of Cognitive Neuroscience da University College London e autor de Autismo e Síndrome de Asperger, descreve indivíduos com Síndrome de Asperger como “tendo uma pitada de Autismo”. (7)

A síndrome foi reconhecida pela primeira vez no DSM, na sua quarta edição, em 1994 (DSM-IV). (1)

No dia 18 de fevereiro celebra-se o Dia Internacional da Síndrome de Asperger, data escolhida pelo aniversário de nascimento de Hans Asperger, o pediatra austríaco que deu nome à síndrome. (8)